segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Coisa Discreta
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Espaço Vazio
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Sem ti...
Amo-te
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Por Favor Perdoa-me...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Mar em Lágrimas
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Momentos
escalo o maior dos teus sonhos,
concluo os meus finais risonhos
de te encontrar... e amar-te...
ler as tuas mãos com as minhas
acentuar os cúmplices momentos
dar-te tudo o que não tinhas...
nem que seja em pensamentos
Observei uma estrela
atravez de um olhar,
procuro-a no amar...
encontro-a no teu soletrar
num poema, numa tela
que estou a tentar decifrar
descodifico o meu coração
de puros sentimentos,
está tudo escrito na tua mão
quando me tocas...
nos nossos momentos...
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Encontrei...
D escobri Dias Depois
O casionalmente Olhei-te Os Olhos
R enasci, Refleti, Recordei...
O lhei-te Os Olhos Orvalhados
- (tracei traços traçados)
T entei Ter-Te...
E la... Eu Encontrei...
domingo, 23 de agosto de 2009
Meu Sol...
sinto o teu calor... tua luz
luz que me persegue e seduz
que perdura no meu pensamento... enlouquece-me
entristece-me de não te ver
nas noites solitárias do meu ser
Irradias sonho, poema, canção
és a minha inspiração...
sei que não te conhecem... não...
o teu brilho esconde o chorar
das tuas lagrimas que caem no mar
Meu sol, coração do universo
meu sonho ardente e preverso
quero voar em tua direção
derreter-me em ti... em verso
entrar na tua imensa solidão...
Quero decifrar cada raio de ti
amar o teu horizonte perfeito
sarar o meu coração desfeito
de te procurar aqui e ali
e não te encontrar...desolado
de sonhar que estiveste ao meu lado
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Atravessar...
Tenho dias que estou assim…
Nos ventos que trazem o fracasso
Luto contra o final…
E vejo o bem que é escasso…
Mas que me faz mal…
Procuro o meu anjo… constantemente
No meu desejo de caminhar em frente…
Abro o meu baú, sacudo o pó
Quero rever quem partiu… sem dó
Encontro-me com a minha nostalgia
Só com ela pressinto a magia…
Na garganta desfaço um nó,
Por sentir que a lágrima fugia
Sento-me no chão…
As recordações em meu redor
Os meus olhos transpiram dor
Os que partiram ficaram melhor?
Os que estão longe, não sinto o seu amor…
Atravesso tempestades…
Descalço… sobre pedras crispadas
Nestas palavras que saem como espadas
Que me matam devagar
No meu louco divagar
Mas nunca me tiram o respirar…
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Quero ser livre...
Quero libertar-me...
Navegar nas águas de um jardim,
Contigo ou sozinho...
Deixem-me ser golfinho
Abre a porta do mar, diz que sim...
Quero libertar-me...
Sei que nasci assim
Livre de prisões e correntes,
Amado em sonhos recentes
Vem me ver...
Teu amigo quero ser...
Quero ser livre...
Poder levar-te comigo
Ajuda-me a sair do castigo
Não quero viver num aquário,
Procuro-te no meu imaginário
Quero ser livre
Sempre... sempre contigo
Quero ser livre...
Saltar com toda a pujança,
Para não perder a esperança
De um dia ter o meu mar
Quem sabe se te vou amar...
Ou voltar a ser criança...
Quero ser livre...
Para te poder contar,
Os meus segredos e os do mar
Quem sabe se me vais amar...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Isto será amor...?
e ver-te nadar ao luar…
Ouvir estrelas… no silencio que flutua…
Ver a terra… ver o mar…
Ver-te a ti… minha sereia nua…
Deito-me numa nuvem
Tento alcançar um anjo…
Fiquei com as asas… e voei…
É magnifica a paisagem,
Numa beleza em esbanjo
Como a ultima flor que te dei…
Brilha de noite a tua face
Nas ondas de um ventinho suave… que delicia
Que trás o perfume que vicia…
Em todo o amor que em mim nasce
Brilhantes no mar como espelhos pequenos
É a luz da lua esmigalhada
No meu coração destroçado
Deste meu desejo isolado
Que torna a fantasia desajustada
De dois amantes eternos
Quero saltar da lua
Nadar contigo ao luar…
Levar-te as estrelas… o universo
Odiar-te num perfeito inverso
Que é o simples verbo… amar...
Na terra… no mar…
Na lua… és minha… e toda nua…
terça-feira, 14 de julho de 2009
Pensem em mim...
Sou partícula do universo
Aquele que não tem fim…
Fica explicito neste verso
Que nunca serei o inverso
Do teu pensamento controverso
Pensa em mim…
Não fujo da verdade
Como pensas de mim… assim…
Só procuro a liberdade
Na tua carente felicidade
No silêncio da cidade
Pensem em mim…
O tesouro ainda procuro…
No fundo do jardim…
Em cada gota de chuva
Descalço na terra… no escuro…
Enxugo os olhos com a luva
Penso em mim…
Porque quero que acabe assim?
Pensa em mim…
Se fores capaz
Mas não tires a liberdade…
Tu chorarás
No dia que eu cair
Pensa em mim…
Penso que não pensaste tanto assim…
sábado, 4 de julho de 2009
Ocaso Marcante
Flutuo no ar em direcção a ti
Mas não te consigo alcançar…
Queria te encontrar…
Na praia sei que te vi
Mesmo debaixo de agua…
O teu raio de sol profundo
Luz que derrete a minha mágoa
Pelos caminhos do mundo
Passeio em terra e guio-me por ti
E mesmo escondido nas montanhas
Decerto não és moribundo
Inspiro-me por ti… aqui
E para te ver, subo muralhas.
Na tua ausência não há cores
O mundo fica escuro
E o ser humano inseguro
Pois sem sol não há amores
A água esmigalha-te em brilhantes
Num oceano lindo e Pacifico
E torna aí, as noites escaldantes
De momentos marcantes
Proporcionado por ti… que és magnifico!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Quando amas alguem...
Consigo ouvir o teu nome
No bater do meu coração...
Consigo olhar as estrelas
E aumentar a minha paixão...
Faço as maiores loucuras…
Seco oceanos com a sede do amor,
O meu toque, leveza das ternuras,
Desafio o sol, com o nosso calor
Quando eu te amo…
Fico cego no teu brilhar
Nunca nego o teu beijar
Leio o teu corpo para o decifrar
E descubro o segredo para o eternizar
Quando nos amamos…
Acredito que podemos voar…
Acredito que podemos trocar
O teu sorriso pelo meu beijo…
Domas o meu selvagem desejo,
Sentimo-nos livres depois do clímax
Fumamos um cigarro… é o nosso relax
Quando amamos alguém…
Damos o sangue por esse coração
Damos a vida sem dizer não
Tocamos as mãos com sofreguidão
Amamo-nos… até á exaustão…
domingo, 14 de junho de 2009
...É Impossivel
Quero sentir o calor…de um cubo de gelo
Quero sentir a carga… de um pedaço de algodão
Quero olhar no escuro…ver aquele pêlo
Posso ver o amor…na seta de um cupido
Posso ver a amizade…no prometido e cumprido
Posso parar de pensar…mas continuas presente
Posso tentar surpreender…a ti, que és diferente
Quem sou eu… para chorares assim por mim?
Quem serás tu… para eu te amar tanto assim?
Quem somos nós… para dizermos algum não?
Quem somos… para nos amarmos em vão?
Quero estar só… na tal multidão
Quero-te nos meus braços… fazer-te uma prisão
Posso não ver o teu amor… sou tão estúpido…
Num peito de pedra... um coração esculpido
Que quando sentiu o teu, ficou amolecido.
Quero gelar as tuas lágrimas de amor
Para um dia as derreter com o meu calor
E fazer magia, ao misturar no meu suor
Continuo a odiar-te… por te amar
Continuo a amar-te… por seres indescritível
Insisto em ti… és o meu mar
Desistir de ti…é impossível
terça-feira, 9 de junho de 2009
Odeio-te porque te Amo
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Mara(vilhosa) Criatura
A chuva toca-te… na tua tez...
Acentua todo o teu sofrimento
E caem gotas aos teus pés,
Não são as lágrimas de Deus,
São lágrimas do teu lamento…
Seguro os teus dedos com os meus
Neste poema… Apenas aqui…
No espelho, a tua imagem é incolor...
Apagaram os tons alegres em ti...
A minha amizade é para apagar a dor
Neste poema…que te escrevi
Vou mostrar-te as cores do mundo
Ao levar os pássaros à tua janela…
Mostro flores que te sorriem num segundo
Pela mulher que és… pessoa mais bela
O teu reflexo…ao dar… deixa-me perplexo
O que fazes aos outros num minuto
Outros há, que não o fazem numa vida
Decerto que será complexo
Porque a tua vida é uma ferida
E a tua tristeza é o meu luto
Serei guardião da tua magia...
Como se tudo acabasse amanhã
E não houvesse mais um dia...
Que não te considere um talismã
Escolhi este simples poema
Numa noite de céu sem nuvens
Onde as estrelas escrevem o teu nome
Com relâmpagos de amizade
Tempestade de beijinhos
Numa chuvada de miminhos
Pois és uma Mara(vilha) de pessoa
De lindos beijos Endiabrados
Esta foi a forma de expressar a minha amizade por ti... Ilya Mara (Sonhos/Pesadelos)
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Quando uma criança chora
Pela enorme lágrima que tem
Chora a saudade que sentes agora
Por seres Milésimo de alguém
De mim…
Esperas e chamas
Eu sei que me amas…
E gritas pela presença,
Não merecias tal sentença…
Linda criança que chora
Sei que te fiz sofrer,
Quando pelo portão saí…
Ao saberes que vou para fora
Fiz o teu coração tremer
Não fiquei para te proteger
Por isso aos poucos morri
Por ir tantas vez embora
Linda criança de olhos molhados
Escrevo nas lágrimas das minhas marés
Quando choro agarrado aos teus pés
Deito para fora os meus actos chorados
Mas sempre a pensar o mundo que és
Doce criança de olhos vidrados
Fechada no escuro, no maior segredo
Chora sozinho num triste abandono
Como um cãozinho que perdeu o dono
Em lágrimas carregadas de sentimentos fechados.
Linda criança de pérolas nos olhos
Tua lágrima faz de ti um guerreiro
Que ultrapassa tudo… o mundo inteiro
És o meu orgulho, o maior dos soldados
E eu o maior dos apaixonados
Amo-te… meu filho.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Vivo por ti... Sinto-te
Ao deixar de ver a tua imagem… a tua mão…
Tive de te procurar no meu sonho,
E nele só encontro o escuro…
Vagueio por esse sonho medonho
De quem me seduz sem amor
Sem uma luz nem uma cor…
Aprendi que a solidão
É passear e não te ver na multidão
É andar descalço sob vidros partidos
Onde encontro sangue apenas nas lágrimas
Por não te ter… nem na ilusão
E cada gota que cai nestas paginas,
Cada nota que sai destas músicas
Faz-me sentir que te sinto,
Acredita que não te minto
Porque vivo por ti… amor
Mas vivo sem ti… que dor!
Nós… eu e tu… tu e eu
Não existe, por mais que insiste
Qualquer outro sei que desiste
Pois ninguém quer a minha solidão
Por eu ter o coração na tua mão…
Fecha a tua mão e abre os braços
Para eu entrar na tua imensidão
Nós… eu sinto
Vivo por ti…
As mãos das entrelinhas
A lua disse-me ter descoberto
Belas provas de amizade
Cantando lealdade nas palavras ao ler
Doando textos insinuando realidade
É essa a tua verdade?
Falsidade escondida em letras
Gritos nas entrelinhas indiferentes
Humor para disfarçar tudo o resto
Ideias camufladas na beleza
Jardins de amores proibidos e tristeza
Laminas nas veias poéticas
Minando bombásticamente os sentidos e éticas
Naufragando as magoas na propaganda
Omitindo o ocaso real do anoitecer ali
Pedindo para ter dó do luar
Quando havias de chorar para ti
Recolhido no teu canto, no teu ar
Sentir o mar no seu horizonte
Tal como o sol num monte
Unicamente a dar sem retorno
Valorizando a luz do luar na pedra em adorno
Xisto liso, lousa com giz e escreve aí
Zelar por todos... e não por ti…
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Sonhei que tive um sonho…
E adoeci com o teu veneno contagiante
Provei os teus sabores… são os melhores
Escutei o teu gemido
E senti o teu arrepio… o teu corpo tremulo
Quando toquei a minha boca na tua pele
Ficaste louca e fechaste os olhos
Para sentir o prazer…
O meu prazer foi ver-te enquanto te amava
Olhar para ti … tão linda…
Sentir os teus cabelos no pente dos meus dedos.
Afastei todos os meus medos,
O de te perder nesse momento
E o de não sentires o amor que te dava
Esse amor acumulado nas noites que pensei em ti
E agora dava-o a ti com todo o poder
Como uma tempestade ou tremor de terra…
O momento máximo do êxtase
Fez-me clarear as certezas nos sentimentos incertos
E amo-te… claramente…
Com amor, com carinho, com saudade
Não quero só amizade
Quero acordar contigo no meu peito
Quero que o teu suor seja o meu
Quero-te amar agora e sempre
Quero o teu olhar aqui presente
Quero gritar bem alto
EU AMO-TE
Desprendi-me das minhas cordas
E libertei-me do sentimento que não saia
Quando penso na tua face,
E na mão que te acariciou
E ainda tem o teu cheiro
Não a vou molhar…
Para te sentir o dia inteiro
A tua face nesse amor que fizemos
Nunca a esquecerei…
Tinha tanta luz no nosso quarto escuro
Eram as portas do paraíso
E eu pensei para ti perante Deus
EU AMO-TE...
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Tesourada na Felicidade
Apesar deste afastamento não vos esqueci...
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Este post que deixo aqui é dedicado à minha querida Mãe que sofreu muito... e mesmo assim deu mais do que aquilo que sofreu.
Faço-o hoje, num dia como todos os outros porque acho que o dia da Mãe é todos os dias.
Portanto. este post é dedicado a ti Maria Fernanda ( A minha Mãe preferida como costumo dizer-lhe, lol )
Perto da felicidade esteve um sonho
Destruído à tesourada num dia medonho
E fez nascer em mim o ódio, a sede de vingança
E a ti , perder a esperança…
A culpa é do amor e do desejo de ser feliz
Do pensar que a outra alma condiz
Mas levou ao desespero alguém
Que num acto de loucura
Numa tesourada de tortura
Tirou-te a imagem, o além
E mesmo de alma ferida e rasgada
Protegeste a sua cria abandonada
Dando-lhe carinho e amor
Sem culpa nem rancor
Tudo isso por amor aos filhos
Os que nasceram de ti
Os amparados por ti
Mas o destino pregou-te outra
Pois a tesourada não chega
Não chega para te derrubar
O avô, teu pai, deixou-nos
No dia dos teus anos
Dia metade feliz, metade pesadelo
Linda prenda meu Deus.
Mas não a fez cair,
Mesmo amando como amava seu pai
Tinha os seus e os filhos dos outros para criar
Com a tua meiguice, minha resmungona
Alegre, brincalhona e chorona
Generosa, fofoqueira, mãe galinha
A tua mãe ( minha avó ) não chega aos calcanhares da minha
Pois a minha és tu
E a tua tirou-te algo que merecias ter
Em mais uma injustiça da tua vida…
Como foi injusta a tua infância vivida…
ainda não consegui partir todos os espelhos...
queria impedir que olhasses todos os dias...
queria impedir que te lembrasses todos os dias...
Mãe, com o teu consentimento achei que devia partilhar com o mundo aquilo que passaste na flor da tua vida
domingo, 26 de abril de 2009
As Cores do Desejo
Com tons quentes e suaves, como a brisa.
É uma tela real que inveja qualquer artista
Adornada com os salpicos brilhantes no mar…
A lua chama o luar com teimosia
E ele vai aparecendo timidamente...
Na areia dois seres desfrutam-se
Exploram todos os recantos de magia
Vivendo aquela loucura, saboreando o momento…
O sol marcara encontro para amanha
E a lua presente, dava uma luz ambiente
Num lindo cenário romântico,
O areal é a cama de todos os prazeres,
As ondas são como um lençol que teima destapar
E criam um som de fundo gravado na paixão
E as estrelas são testemunhas do amor ardente
Desta intensidade de sentimentos
Numa mistura de cores e movimentos
Onde dois amantes se perderam entre si
Esses dois amantes que se eternizaram mesmo ali…
sexta-feira, 24 de abril de 2009
O Lado B do Sonho
Com medo do desejo flagrante
Queria tanto te beijar…
Mas acho que ficavas ofegante
Não consegui sequer te tocar
No nosso encontro de estreia
Tinha as mãos trémulas a suar
Por ver tão bela sereia
Não consegui abrir os braços
Só pensava nos teus lindos cabelos
As nossas mãos seriam como laços
E dai saiam poemas tão belos
Não conseguia te deixar
Com tanta coisa por dizer
Mas no momento de falar
Não soube o que fazer
Não conseguia me despedir
Pois de ti logo gostei
Agora não adianta fugir
Que no meu coração te aconcheguei
Não consigo te esquecer
Por pensar que te perdi
Nesta noite que não te amei
Neste sonho que não sorri…
terça-feira, 21 de abril de 2009
Desespero
Sou fácil de deixar
Arrependo-me das escolhas
Arrependo-me do que escrevo
Arrependo-me de mim
Não tenho nada
Não me lembro de nada
Não há recordações
Só tenho sofrimento
Só sinto dor
Tenho falta dos que foram
Tenho falta dos que amo
Dou montes de solidão
Dou montes de perdão
Quero fugir
Quero desaparecer
Sinto-me só
Sinto-me fechado
Dou voltas a cabeça
Dou voltas na cama
Trabalho horas a fio
Trabalho pra nada
Dou tudo o que tenho
Não recebo o que dou
Riem de mim
Falam de mim
Aproveitam-se de mim
Farto-me de tudo
Farto-me da vida que tenho
Tenho lágrimas que doem
Tenho lágrimas que pesam
Estou perdido num vazio
Vivo num vazio
Vivo nem sei porquê
Vivo só por ti…
sábado, 18 de abril de 2009
E se morressemos amanhã...
Com as lágrimas na face... de raspão.
Outros fechavam-se em cofres de sofrimento
Tentando encontrar um segredo, uma razão.
Alguém fugiria da marca traçada?
Ou morreriam para nascer noutra vida...
A pedir outra noite... outro dia...
Eu fechava os olhos para não ver a dor,
Abria os braços para alcançar o amor,
Corria a favor do sol para um minuto ganhar
Parava as ondas para não ver o luar...
Saltava montanhas para chegar a Deus,
Caia na hora do meu ultimo adeus
Procurava uma fonte para um desejo pedir
Encontrava a água de lágrimas caidas por mim
Pedia perdão da minha vida fugir
E toda a minha alegria a chegar ao fim...
E se morressemos amanha...
Contava todos os meus defeitos perfeitos,
Cantava os meus temas eleitos...
Mostrava toda a minha ira avolumada
Pela minha alma ferida e rasgada,
Em ódios e sede de vingança
Pois perdia toda a esperança...
Reflectia na calmaria de uma paisagem
Escolhia onde haveria de morar
Fechava os olhos a pensar numa imagem
Num sonho que amanha vai acabar...
quinta-feira, 16 de abril de 2009
O leve toque de um anjo…
Mas a força que ganhei no punho
Vinda do teu precioso testemunho
Encoraja-me a desistir de pensar em desistir
E alimenta o meu ego que insistia em fugir.
Ao dar a minha escrita… o meu sangue em palavras
Dei por mim a reagir e a doar partes do meu coração
Tão pequeno que é… Tão teu que é…
E dele saem as palavras que escrevo nas tuas asas
Pois sei que as espalharás no ar, no mar… ao luar…
As palavras que escrevo aqui em direcção a ti
Vão-se soltar como pombos para voar contigo
E pousar no teu cantinho…
Para te ajudar a reconstruir um castelo
Ou seguir o caminho amarelo
Mas nunca iras só e triste
Pois lutarei a teu lado de espada em riste
Em favor da amizade e da poesia
Rodeados de amigos e alegria
O teu leve toque perfuma a imaginação
Abrilhanta o teu poder de escrita,
Mesmo quando alguém grita
O teu poema soa como canção.
Obrigado meu anjo
Por tocares o meu coração…
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O teu olhar disse-me...
Como pode alguém ler os meus olhos?
Decifrar os códigos do meu olhar?
Sobre a terra… sobre o mar…
Poderá alguém amar como amo?
Chorar como choro e sofrer comigo?
Rir com o que faço e digo?
Oferecer-me flores num ramo?
Alguém me deixa rever os que perdi?
Nem que seja por um segundo…
Para sarar o golpe profundo.
Gostava tanto de lhes tocar…
Para dar prova de os amar…
Alguém saberá ler o que escrevi?
E entenderá o que transmiti?
Nos meus olhos vêem a fraqueza que tenho
E a força com que me contenho
A minha tristeza sem lágrimas no olhar
A minha alegria sem sorriso no questionar
A dor que tenho vê-se lá no fundo
São rasgos no peito… tão profundo…
Mas mais profundo que o meu olhar
É tudo aquilo que vejo com os meus olhos,
Todos os olhares que cruzam com o meu
E saber que sou importante para alguém
Saber que o meu olhar dá muito mas espera algo
Mas ainda não sabe o quê
E talvez jamais saberá…
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Poemeiro, arvore dos poetas
Do ínfimo pormenor do pensamento
Transposto por uma mão… o seu deslumbramento,
Pelo existente relacionamento
Entre os dedos e o subconsciente.
E o poema é o seu transcendente.
Perante esta definição, impõe-se uma razão.
Para que é um poema publicitado?
A que serve a vulgarização e a sua divulgação?
Alimentar um ego que julgo propositado.
O que penso de um poema…
É o fruto de desabafos caídos num chão de palavras
Ou colhidos numa arvore de interioridades,
Num campo neutro sem pátria.
Poema não é concebido por interesse,
É dado a troco de nada, oferecido por amizade.
Poemas,
Aqueles que saíram da minha arvore
Feitos por amor a um filho,
Por amizade, saudade e verdade,
Alguns são gritos escritos pelo âmago
Por consequente, presenteio os que me são semelhantes…
O que criei aqui é teu e meu
E sei que compreenderás,
Decerto será o motivo por ter poucos amigos
Por dar a minha arvore a ti e não propagar.
E ao reflectir no mais profundo
Sei que são poucos amigos mas bons.
Os melhores do mundo…
Dedicado com muito carinho aos meus amigos que visitam o Milésimo, pra vocês este blog existirá e estarei sempre presente.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Amizade ... distante
Mas tu nem isso vês
Tudo à tua volta sorri
Muito mais do que crês
Detesto o que sentes
Sou forçado a esperar
Os teus pensamentos ausentes
E talvez o teu chorar
Algo por ti queria fazer,
Roubava-te um sorrisinho
Pra deixares de entristecer,
E voltares a escrever.
Não é gesto de caridade,
Apenas sou… Uma Amizade.
quarta-feira, 25 de março de 2009
O SOL e a LUA, A TERRA e o MAR
Subiu o Sol na Solidão do Silencio Sem Sombra
Orvalhados... Os Olhos no Oceano Opõem-se ao Ocaso e
Localizaram a Luz Lapidada da Lágrima
Luz da Lua… é a Leveza Linda... o Luar
Unilateral… Única… Utópica
Amor dos Astros, Artistas e Autores
Tentação de Tempos e Tempestades
Errante...Encontra-se no Espaço Entre as Estrelas
Ruma nas Rotas e Rotações Rodopiantes
Ritmada de Raridades Refletidas e Radiantes
Apaziguantes Até… Amor Aterrador…
Metáforas Marcantes…Meras Marés…
Águas Azuis de Alma Ancestral
Rainha de Rios e de Romance Real
domingo, 22 de março de 2009
Pai todos os dias
Sem qualquer motivo, sentia-me bem,
Lavei a cara e os pássaros cantavam na janela
E ao sair para o trabalho, gatinhos a perseguir-me,
Pela estrada fora, nada de trânsito, nem buzinões,
Sabia que algo de bom estava para acontecer,
Continuei a minha vida normal
Sempre com os pássaros a acompanhar,
E borboletas a voar à minha frente
Como se trouxessem boas noticias,
As pessoas olham-me na rua como nunca o fizeram
Talvez a luz do sol me favoreça
Ou o perfume que pus,
A alegria na minha face se mantinha
E a leveza no meu corpo
Mistura-se com a primavera,
A noite chega, bastante agradável com brisa de mar
E gaivotas a cantar o pôr-do-sol
E a chamar a lua, para me ver,
Á noitinha um telefonema,
Voz tímida melhor que musica
Que sentimento tão bom, de falar contigo
Dizes-me que sabes as cores
Que brincaste com muitos meninos
Que gostas de mim
e choras de saudade…
Eu choro de felicidade…
Porque tenho-te na minha vida
Porque sou teu pai mais um dia…
quarta-feira, 18 de março de 2009
Desilusão
Partilhei a dor, o odor do meu perfume
Ao mostrar o melhor de mim,
Mas fez a terra afastar-se do sol
E eclipsou a minha luz,
O renascer de mim…
Os segredos e receios sopraram uma vela,
E apagaram uma chama de paixão,
De confiança e esperança,
Parou a nossa dança,
A nossa ansiedade incontrolável.
Por mostrar o pior de mim?
Ou o que escondi do reflexo?
Dei sempre o melhor sorriso
Que no espelho saia tristeza,
Dava o maior grito
Que nos teus ouvidos era silencio,
E falava-te de amor
Que aos teus olhos ignoravas.
A minha tristeza, o meu lado escuro
Estampa o parar de uma corrida,
O fim de um combustível
Que polui o meu coração de amargas ilusões
E me fez acreditar por milésimos de segundo…
domingo, 8 de março de 2009
Eutanásia
Beijar o escuro e pensar como...
Como será o ultimo dia,
Devíamos saber...
Escolhia-te a ti para chorar por mim,
Fugias de mim para não ver a tua lágrima
Mas a minha sombra abre as tuas asas,
Que me acolhem na tua alma
E me aconchegam na tua calma.
Não quero mais sofrimento
Pois leva aos outros o dó e a dor.
Apenas quero dormir e lentamente submergir
Nas águas de um mar vazio
Cheio de pontos de luz
Repleto de estrelas
E em cada uma tem um anjo…
Que brilha e me orienta
Ate aos pés de Deus.
Peço-te meu Pai, leva-me daqui
Não me dês nada, mas tira-me tudo,
Dá-me o teu sinal mais digno,
De poder partir
Agarrado aos pés de um anjo
E voar… voar…
Trespassar as lágrimas que caem por mim
E ver as minhas que formaram um rio.
Tira-me tudo, mesmo a vida
E deixa as recordações…
É a minha paz…
Dá-me o tal sinal, todo poderoso
Faz cair um relâmpago.
Faz passar o eclipse que tapou o meu corpo
Faz passar um anjo
Para poder partir e repousar.
….
A dor é tanta que já não sinto
………….
A dor é só por aqueles que deixo
……………….
…………………………….
………………………………………………………………………
terça-feira, 3 de março de 2009
Ilusão
Imagino-te numa canção
Ver-te naquele refrão
E faço uma rima
Ao som do cabelo
Que voa para cima
A desfazer-se como o novelo,
Encosto o cotovelo
Naquela janela
E olho para baixo
E vi-te tão bela,
Aroma profundo
Que sai lá do fundo
E fico defunto
De pensar que és um sonho
E o sonho é de outro,
Pensamento medonho
De não te ter no coração
Pois tudo é ilusão
Amarga amarga ilusão...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
VIDA DE CÃO
Das noites que passávamos junto da lareira,
Quando comíamos todos juntos.
Nessa época éramos tão felizes,
Tu e eu.
Brincávamos junto das flores
E corríamos atrás um do outro nas montanhas
Molhávamos toda a gente na praia,
E era tão lindo o nosso amor,
Mesmo sabendo que eras mais velha que eu
Nós éramos tão cúmplices e unidos
e tínhamos os mesmos gostos
os mesmos defeitos.
Ate que um dia desapareceste
Sumiste da minha vida, minha querida
Nunca soube porquê
O que eu teria feito de mal?
Perguntei-me durante anos e anos
E o que me fez abrandar esta dor,
Esta tristeza,
Foi a minha família, aqueles que me acolheram
Que me deram sempre muito amor
Muito carinho e brincadeiras,
Eu daria a minha vida por eles,
Por cada um deles.
Mas depois quando envelheci
Era como um intruso,
Como uma folha seca de Outono,
Ainda me dói o coração fraco e triste
E quando me lembro daquele dia
Que me levaram a passear
À tanto tempo que não brincávamos
E sentia-me tão feliz
Por isso Julguei ser uma partida quando me deixaram na estrada
Nunca imaginei que me abandonassem
Mas abandonaram…
As minhas lágrimas cegaram os meus olhos,
Aí compreendi como perdi a minha querida.
Hoje sou velhinho, faminto e infeliz,
Tenho uma pata partida e sou cego,
Mas tenho ainda a minha dor
E dói muito cá dentro.
Porquê?
Porque nos abandonaram?
Eu gostava tanto deles.
Sinto-me só e triste desta vida injusta
Desta vida de cão...
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
IMPULSO
Com caneta, alma e tudo que senti
Não encontro poema que assente na tua tez
E em tudo o que tu és.
Tentei viajar noutro mundo
A procura de um escrito
A procura de nem sei o quê,
Tento encontrar uma rima
Mas em vão, não sei porquê,
Procuro-te nesta obra-prima
Mas o que eu queria era ver-te,
E ao olhar a tua imagem
Desejava ter-te.
Procuro-te na minha cama
Nem o teu cheiro respiro,
Imagino-te perto de mim
Mas encontro-me num abismo.
O tempo estagnou,
A chuva parou
Nos teus e nos meus sonhos.
Os nossos poemas fundem-se
Nos mais lindos dizeres,
Mesmo sem rimar
Fazendo as palavras se encontrar
E lá no meio do silencio, a tua voz...
Faz-me saltar num impulso
No acordar de um sonho tão medonho,
E transforma num relâmpago
Todo o amor que há em mim,
E faz-me correr vales e montes
Procurar-te cegamente
Em cada raio de sol,
Vasculhar o fundo dos oceanos,
Enfrentar todos os medos e enganos
Penetrar nos teus segredos,
Encontrar rimas nos meus enredos
Odiar quem tu amas
Invejar quem te tem
Odiar a mim mesmo
Por não controlar os meus impulsos,
Pois quero-te ver morrer...
Morrer no meu peito
Matar-te no meu leito,
Por amar-te deste jeito,
E matar-me para morrer contigo...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
MILÉSIMO DE MIM
És a minha vontade de viver,
E deste-me a conhecer o amor
Como nunca o tinha sentido,
Um amor sincero e seguro
Sentimento tão paterno e puro,
Sem ciúme, sem falsidade,
Desconhecido na minha idade.
Nesta manha tão linda
Notícia bem-vinda
Por ti, felicidade sem fim
Milésimo de mim,
Meu ser tão pequeno
No meu colo sereno
A espera de um carinho
De uma ternura ou beijinho
E o narizinho que fofura
Tua mãozinha uma doçura,
Que abraça o meu dedo
Sem qualquer medo.
Parte o meu coração outrora rochedo.
Disfarcei-me de artista
Por tão bela obra concebida
Acabada de nascer, ali despida
Tão frágil e inocente,
Para ti prometi
Assim que te vi
Ser pai presente
E amar-te para sempre