sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

IMPULSO


Gravo estas palavras aqui
Com caneta, alma e tudo que senti
Não encontro poema que assente na tua tez
E em tudo o que tu és.
Tentei viajar noutro mundo
A procura de um escrito
A procura de nem sei o quê,
Tento encontrar uma rima
Mas em vão, não sei porquê,
Procuro-te nesta obra-prima
Mas o que eu queria era ver-te,
E ao olhar a tua imagem
Desejava ter-te.
Procuro-te na minha cama
Nem o teu cheiro respiro,
Imagino-te perto de mim
Mas encontro-me num abismo.
O tempo estagnou,
A chuva parou
Nos teus e nos meus sonhos.
Os nossos poemas fundem-se
Nos mais lindos dizeres,
Mesmo sem rimar
Fazendo as palavras se encontrar
E lá no meio do silencio, a tua voz...
Faz-me saltar num impulso
No acordar de um sonho tão medonho,
E transforma num relâmpago
Todo o amor que há em mim,
E faz-me correr vales e montes
Procurar-te cegamente
Em cada raio de sol,
Vasculhar o fundo dos oceanos,
Enfrentar todos os medos e enganos
Penetrar nos teus segredos,
Encontrar rimas nos meus enredos
Odiar quem tu amas
Invejar quem te tem
Odiar a mim mesmo
Por não controlar os meus impulsos,
Pois quero-te ver morrer...
Morrer no meu peito
Matar-te no meu leito,
Por amar-te deste jeito,
E matar-me para morrer contigo...

1 Milésimos de Palavras:

sonhos/pesadelos disse...

lindo! chuva que queima a cada gota que cai, mas que limpa cada lágrima que sai...